quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cri-cri, O Grilo Gaudério...





Nasci em 1985, e, por óbvio, não tenho na memória imagens formadas antes de meus cinco anos, com exceção de algumas mais marcantes.

Dentre estas, recordo-me de quando podíamos dormir na cama com meu pai, e ele lia alguns livros infantis para embalar o sono meu e de meu irmão, até então os mais novos da casa (minha irmã mais nova veio a nascer anos mais tarde).

O meu preferido sempre foi um que se intitulava Cri-cri, o Grilo Gaudério, na qual um grilo bom de rima desafiava a todos para um bom duelo.

A fantasia deste grilo pilchado embalou meus sonos de criança, com boa prosa e versos inteligentíssimos.

Pois bem, passou-se muito tempo, as crianças cresceram, e o livro provavelmente fora esquecido em alguma prateleira para a sorte de alguma traça.

O que me traz a memória este episódio, foi o fato de que no primeiro que show que assisti, do músico Raul Ellwanger, no Sarau da Assembléia, em Porto Alegre, subira ao palco, para acompanhá-lo, o renomado músico e compositor Jerônimo Jardim, autor de obras-primas como “Moda de Sangue”, mais tarde gravada por Elis Regina e “Purpurina”, interpretada por Lucinha Lins, dentre outros diversos sucessos nacionais também da autoria de Jerônimo.

Para minha sorte, fomos apresentados, e com um breve aperto de mão sabia que havia ganhado a noite, pois além de assistir um show grandioso do Raul, de quebra ainda conheci dois, dos maiores ícones da música popular brasileira.

Encontrei-me novamente com Jerônimo na Festa do Dourado, que ocorre uma vez por ano na fazenda de propriedade do também músico Renato Borghetti, e desta vez pude gozar de dois dias na companhia de meu novo ídolo, onde compartilhamos da mesma sombra, da mesma conversa e do mesmo violão.

Esta semana, navegando pela web, ancorei minha nau virtual no site do Jerônimo (http://www.jeronimojardim.com/), e ali fiz várias descobertas acerca do músico, tais como os festivais vencidos, outras composições ao qual o músico participara, apresentações, bem como os livros publicados.

O que me faz escrever isto tudo, é que um dos livros publicados, havia um que se chamava Cri-cri, o Grilo Gaudério.

Ao ler o título, vieram à tona estas íntimas e bem escondidas lembranças de infância.

Jamais imaginei que meu livro favorito quando criança, tivesse sido escrito por Jerônimo Jardim, aliás, tomei conhecimento que Jerônimo Jardim possuía livros publicados ao perlustrar a página virtual do músico.

Coincidência ou não, acompanho a carreira de Jerônimo desde criança, mesmo sem saber, e a sorte quis que o encontrasse vinte anos mais tarde, porém não como fã de um escritor de livros infantis, mas como fã de um dos maiores compositores da música brasileira.

Aproveitem a música e a literatura...

Guilherme de M. Trindade

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