terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vídeos para ouvir

Um Feliz Natal e um próspero Ano novo para todos, e que em 2010 continuemos aproveitando os sonhos!!!

Guilherme de Magalhães Trindade

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Músicas para ler...



Deu na TV (Nei Lisboa)

O presidente dos Estados Unidos
Salvou a Terra do choque de um cometa
E eliminou os terroristas malvados
Que ameaçavam dominar o planeta

O presidente não poupou esforços
Arremessando aviões e foguetes
E embora errando uns tantos alvos
Mereceu dos seus os seus aplausos

Eu vi, deu na TV, veja você
Mas é de se perguntar
Onde é que Watergate foi parar?

Eu vi, deu na TV, e quase acreditei
Ahá, hã, hã
Mas quem é que se deu mal no Vietnã?

O presidente dos Estados Unidos
Protege o mundo livre do mundo preso
E prende todo mundo que for preciso
Pra não deixar o presidente indefeso

O presidente é belo e corajoso
E religioso ao falar à nação
Sobre os boatos sem sentido
Do assassinato de um inimigo

O presidente é quase sempre honesto
E nascido na Carolina dos fundos
Onde se fuma e não se traga
E não se sabe o que é que estraga o mundo

Eu vi, deu na TV, veja você
Mas é de se perguntar
Onde é que Watergate foi parar?

Eu vi, deu na TV, e quase engoli,
Mas não, não vai dar
Que esse charuto tem um lugar mais justo pra entrar


Aproveitem a música.

Guilherme de M. Trindade

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Poemas do Sul...

Cusco Cego (Apparício Silva Rillo)

Este cusco brasino, cara branca,
pequenote e rabão,
que o parceiro está vendo enrodilhado
aí perto do fogão,
foi mordido de cobra na paleta
quando troteava atrás de uma carreta,
cruzando um macegão.

Resultou de tal manobra
que o veneno dessa cobra
cegou meu cusco rabão!

Faz um tempão
que se deu esse tropeço...
Dava pena, no começo,
ver o cusco atarantado,
pechar de frente e de lado,
chorando como um cristão.

Agora,
vagueia solotário pelo pátio,
perdido nessas noites sem aurora
que um dia lhe desceu sobre a retina.
Por isso,
quando a noite se embalsama de perfumes
e os pequenos e inquietos vagalumes
acendem lamparinas nos brejais,
eu maldigo a injustiça do destino
que não ouço o uivo triste do brasino
chorando a lua que ele não vê mais.


Aproveite a Poesia

Guilherme de M. Trindade