quinta-feira, 4 de junho de 2009

Desastres aéreos e outras mentiras...

O acidente com o avião da Airfrance que vitimou 228 passageiros de vários lugares do globo veio nos reabastecer com assuntos por longa data.

Pelos noticiários, em apenas 2 dias já aprendi tudo sobre tempestades em alto mar, turbulências, sonares, métodos de busca, etc...

É impressionante como a tragédia vende.

Sequer encontraram a aeronave e os jornais já narram em suas páginas os detalhes de como se deu o acidente, enquanto nas ruas as pessoas discutem qual a versão mais verdadeira até então divulgada.

A receita sempre funciona, o negócio é muito lucrativo.

Caindo um avião por ano, sendo uma criança arrastada por assaltantes, ou um parricídio na classe-média, jornais e políticos regozijam-se. Aqueles pelo consumo voraz de um povo louco por tragédias, e, estes, pelo fato de que ao menos por um tempo as investigações não serão mais dirigidas a eles.

Os tablóides desrespeitam a privacidade e o momento de dor dos familiares que choram pelos seus.

Com a devida vênia, fico mais chateado ao saber que uma fortuna incalculável está sendo gasta para descobrir o óbvio, qual seja, que um avião caiu e 228 pessoas perderam a vida.

De nada adiantará saber se o motivo foi pane, tempestade ou falha humana.

Infelizmente, não há o que se possa fazer fazer para amenizar as perdas, mas muito se pode para ajudar os que ainda vivem, ou melhor sobrevivem.

Aproveitem as boas notícias.
Guilherme de M. Trindade

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