terça-feira, 7 de julho de 2009

Neuroma de Mortom, Sinovite, Bursite e a celebração da vida...

Após dois meses de sofrimento, resolvi por fim aos meus passos doloridos. Marquei uma consulta médica.

Prescreveram-se dois exames conhecidos: Ecografia e Raio-x dos dois pés.

Filhos de pais atuantes na área da saúde, não me assustam os ambientes nosocomiais.

Filas, senhas e salas de espera.

Dentre uma espera e outra, sentou-se ao meu lado, uma jovem acompanhando uma menina cadeirante eivada de deformidades físicas.

As atrofias não me permitiram precisar a idade, mas deduzi se tratar de uma criança, eis que esta chamou a acompanhante de mãe, e com medo questionava a todo instante se não poderiam ir para casa.

Nas filas hospitalares, por só existirem as paisagens brancas dos corredores, não se há nada o que fazer para liquidar o tempo, a não ser ouvir a conversa dos que também ali aguardam seus exames, com seus acompanhantes, e assim, por estar sozinho, acompanhei o carinho daquela mãe para com sua filha deficiente.

Pude ver a filha segurar firme da mão da mãe enquanto se dirigiam ao final do corredor para sala de Raio-x.

Pude vê-la também exclamar triunfante quando deixaram à sala:

- Viu mãe? Eles sabem me pegar. Eles me pegam do mesmo jeito que tu me pegas!

Fui o próximo a ser chamado, e apesar dos nomes assustadores das mazelas em mim diagnosticadas, tirando a dor, nada grave.

Aproveitem suas perfeições.

Guilherme de M. Trindade

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